
Faz parte de se estar vivo, o julgamento, seja pré ou pós, mas não importa. A gente é mesmo o que é e um pouquinho, o que herda dos pais.
De tudo que sou - ou que acham que sou - sou uma coisa que ninguém acha: humano.
Há vezes em que a gente faz tudo certo, estuda, revisa, vai pra prova e erra tudo. Não dá pra entender.
Mas ainda bem que existe a contrapartida e ela vive, como o diabo, nos detalhes. A contrapartida acontece exatamente quando a gente faz tudo errado e é falso, mentiroso, mau caráter, galinha, - bandido não, nunca fui nem serei - mas, interesseiro, dissimulado... e dá tudo certo.
A contrapartida é mais ou menos como a lei da compensação que justifica o fato de que quem tem uma perna mais curta, ter a outra mais comprida, pra compensar o defeito.
Acho que a vida é feita de dois: dois lados que se alternam e que se revezam sem conviverem entre si, a não ser no ponto de equilíbrio.
Hoje não estou nem de um lado nem de outro. Estou de fora, como mero observador dos fatos que me contemplam os opostos diametrais.
Visto como tudo isso, ironicamente, num dos momentos em que não sou nada disso. Até porque a gente nunca é o que os outros pensam ou julgam e sim o que a gente sente lá dentro, lá no fundo.
Estou calmo e tranqüilo, relembrando o que minha mãe me ensinou quando ainda era criança: a jamais me defender de uma acusão injusta.
Claro que o signicado de justiça é tão relativo quanto o de injustiça. Mas, como sempre nos achamos justos e os outros injustos, não vou constituir advogado, não vou arrolar testemunhas, não vou me calar para não produzir provas contra mim. Vou permanecer como estou, com a consciência tranqüila e a certeza de que ser falso, mentiroso, mau caráter, galinha, interesseiro, dissimulado, burro e vagabundo não me caem bem, pelo menos por dolo.
Enfim, a gente é mesmo o que é e um pouquinho do que observa por aí.
Chuva forte!!!
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