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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

"CABELO RUIM É IGUAL A BANDIDO: OU TÁ PRESO OU TÁ ARMADO.


Que bela sacada. Que espirituosidade. E que me desculpem todos - homens e mulheres, crianças e velhos - de cabelos ruins, pela incorreção política, mas esse é o tipo de frase que muda o humor, reverte uma situação delicada, enfim, muda um clima de um instante para o outro.

Hoje é sabido e alardeado, só tem cabelo "ruim" quem quer. O problema, portanto, não é exatamente esse, mas os conceitos de bom e de ruim.

O que é bom? Estar casado, namorando, amando, sozinho, rico, pobre, burro, inteligente, competente, incompetente.

O que é ruim?

É difícil objetivar algo tão subjetivo.

Parece de propósito, mas sempre que estou mal, andando na rua, lotado de problemas até a tampa, sem saco pra nada, dou de cara com alguém - relativamente - em pior situação do que eu. Seja porque não tem uma perna, um braço, a visão...

Eu SUPONHO que aquela pessoa não esteja bem e aí digo para mim mesmo: está vendo o que é estar mal? O que é realmente ruim?

Mas, como?

Quem disse isso? Por que aquela pessoa está mal, bem, pior ou melhor do que eu? De onde tirei isso?

Tudo é muito simples. Tudo é muito complicado. Estou mal hoje ou estou bem hoje, quem iria entender isso?

A frase me foi dita logo depois da meia-noite. Logo depois dos fogos, das alegrias, dos abraços, dos beijos e dos votos.

As promessas feitas uma hora antes, agora se tornariam pesadelos para muitos. O não cumprimento delas teria impacto frontal no começo do ano. E, em vez de ficarem bem, ficariam mal.

Não se promete o que não se pode ou não se vai cumprir. O compromisso é a única forma de respeito que eu conheço como definitiva. Digo compromisso e não comprometimento.

Claro que rompemos compromissos. Claro que conversamos, que mudamos de idéia, que ora podemos ora não podemos cumprir a cláusula X do contrato Y. Para isso existe a conversa, o acordo.

Assumimos compromissos suicidas conosco e não sabemos depois o que fazer com eles. Deletá-los, simplesmente, é o que mais se faz por aí. Debatê-los é o que menos acontece.

Em resumo, o começo de 2008, pra mim, enseja o debate, a conversa, o acordo, principalmente quando o desacordo imperar gerando conflitos.

"Cabelo ruim" é um estigma, não um paradigma. E não há um acordo entre o que é objetivo e o que é subjetivo.

Por isso, eu proponho que antes de tomar qualquer atitude, como fazer escova, cortar, esticar ou trançar, você pare e pense: por que o meu cabelo é ruim?

Feliz 2008, pra você que ainda não entendeu nada sobre certo e errado, correto e incorreto, bom e ruim.

Todos os cabelos são bons. Há, sim, cabeças ruins.

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