
As palavras são signos de um código de expressão. Não são mais do que isso. Portanto, o que se escreve se deveria ler como foi escrito e não como se interpreta.
A interpretação das palavras faz parte da imaginação de quem as lê. Das emoções liberadas e das bloqueadas pelo inconsciente de cada um.
Um texto é, por isso, ao mesmo tempo, codificador e decodificador de uma transmissão de pensamentos, entre o escritor e seu leitor.
Não há, seguindo-se esta linha de raciocínio, nenhuma outra forma de explicar uma interpretação acertada ou errada acerca de um texto qualquer. Como este, por exemplo.
Quando duas pessoas escrevem e quando duas pessoas lêem o que foi escrito, cada uma delas tem a imaginária liberdade de interpretação. Mas nenhuma delas tem o direito de julgar-se capaz de reescrever mentalmente o que já está escrito.
A interpretação de qualquer texto pode gerar ódios ou idolatrias; adesões ou repúdios; amor ou indiferença.
Mas nenhum destes sentimentos, nenhuma destas ações está necessariamente contida no texto escrito.
São meros equívocos - tanto para o bem quanto para o mal -, que não ajudam em nada, mas prejudicam o que se costumou chamar de diálogo.
A cada dia mais, nós internautas, escritores, letristas, atletas das salas de chats e dos MSNs da vida estamos condenados a esse tipo de injustiça inconsciente.
O de ser mal interpretados em relação ao que se pensou, mas não se disse.
Apenas se escreveu.
Tequila evaporada, sim, por que não?
E chuva muito forte!
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