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Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

PAPO FURADO

Conversávamos, eu e alguém, sobre assunto que não vem ao caso, quando algo estranho aconteceu. Não sei precisar o quê nem o motivo que gerou a celeuma, mas o certo é que não havia motivo. E daí por diante mais nada aconteceu. Burburinho leve e distante, inaudível e impenetrável. Dizem-me que fora um hiato ou que pudera ter sido um lapso, uma concausa qualquer, sem importância detetável, a gerar-nos ruído e desconforto, transmutando o certo em torto, o claro em obscuro e deixando-me o paladar azedo.

Restou-me dúvida cruel, seguida de palpite imaginário.

Teria sido fragmento encapsulado em algum ponto distante, que desprendeu-se e causou efeito?

Ou teria sido um ponto distante que se aproximou como cápsula e explodiu-me no céu da boca?

Conversamos, eu e você, sobre assunto que não vem ao caso, quando mais nada de estranho pode acontecer. E posso precisar daqui, que seja lá o que tenha acontecido, não serve como explicação, pelo menos para o que eu não quis dizer.

Uma idéia celular, uma convergência de diferenças, uma tese sobre a inutilidade dos sentimentos voláteis?

Não sei.

A fome inadministrável, o talento desperdiçado, o groove de Jimmy Smith, as notícias novas e logo velhas da CBN, o ouvido que insiste em não parar de doer? Sei lá. Só sei o que Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger sabe. E isso pode não ser o bastante para explicar o que aconteceu: nem quando conversávamos, eu e alguém, sobre assunto que não vem ao caso, nem agora, sem ninguém por perto, além de mim.

E de ti.

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