
Tratam, os livros, do tema mais badalado do Século XX e que promete se perpetuar no XXI: a auto-ajuda.
Li o "Segredo", vi o filme, assisti também ao DVD - que o Ferrão dirigiu e, carinhosamente, me enviou pelo correio - "Você Atrai O Que Transmite", junto com Aldo Novak, além de ter lido e visto também "Quem somos Nós" (What bleeb do we know), que usa físicos e quânticos para mixar fortes dosagens de auto-ajuda com algumas comprovações científicas relacionadas às nossa conexões neurais.
Recentemente, também, andei lendo William Douglas, Luiz Marins, Lair Ribeiro e outros, não em busca do sucesso, exatamente, mas tentando entender o que realmente não entra na minha cabeça.
Vou tentar me fazer entender.
O Programa do Jô está de volta. E parece que é mesmo imortal. Definitivamente imortal. O Jô Soares, ao que parece, mesmo sem conseguir assento na Academia Brasileira de Letras, é imortal.
Tudo bem.
Estou em Petrópolis e aqui, no condomínio onde moro, a transmissão é via parabólica.
Existe a disponibilidade de instalar a SKY, a Tec-Cable, sei lá mais o que, mas o fato é que moro num estúdio, cercado de aparelhos de som, vídeo e informática, por todos os lados e não me faz a menor falta ter que esperar o carregamento do software que vai me dizer qual é a previsão do tempo na Austrália ou no leste europeu; assistir ao ridículo jornalismo da FOX ou acompanhar as séries do SBT, na SONY. Então, vejo TV aberta aqui.
Sem a menor dose de ironia e com todo respeito, se auto-ajuda funciona, o Jô Soares deve ser um assíduo praticante dos quadros-mentais, das caixas dos sonhos e dos escritos engavetados.
Como humorista, faço a ressalva, sempre o respeitei, mas como jornalista e entrevistador...
Não acho normalmente possível um programa reunir tanta besteira, tanta bobagem, tantas piadas velhas e observações indelicadas linkadas a informações erradas e desinformações específicas, diante de nós, telespectadores, e de uma platéia de estudantes lobotomizados, que só faz rir de bobagens, aplaudir bobagens, denegrindo ainda mais o corpo docente brasileiro, já tão mal visto, hoje em dia.
E o pior: ele a elogia, a bajula e retroalimenta a relação simbiótica e antropofágica entre o seu próprio ego e a necessidade de afirmação daquela galera empuleirada.
Nada melhora. Nem ele nem as roupas dele nem o cenário nem o som de quem vai lá cantar, tocar ou fazer uma performance artística.
Tudo é inimaginavelmente ruim, inacreditavelmente ruim, mas ainda assim, pode ser pior.
E é.
O tal do "Sexteto" é demoníaco, é infernal. Entra ano, sai ano e eles tocam cada vez pior. O baterista é o melhor exemplo de como não se deve tocar um instrumento.
Enfim, uma coisa de deixar realmente zozó.
Ali, pelo visto e pelos meus ouvidos, nem auto-ajuda resolve.
Tequila Evaporada! Chuva Forte!
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