
Vivi, hoje, uma das mais fascinantes experiências da minha vida.
Dormi pouco e fui acordado pelo telefone. Um convite inusitado para ir almoçar em um lugar paradisíaco.
- "Onde?"
- "Surpresa".
Odeio surpresas. Surpresas são sempre, no mínimo, surpresas. E surpresas nem sempre são agradáveis.
A morte da minha mãe foi uma notícia que recebi de surpresa. O 11 de setembro foi uma surpresa. Definitivamente, eu e as surpresas, em geral, não nos damos bem. Mas fui.
Topei pela qualidade do caráter da companhia. O dia estava bonito, pra quem gosta de céus azuis, claro, e lá fui eu de encontro a tal da surpresa.
BR-040, caminho de Itaipava, logo depois da Quinta do Lago pegamos um retorno, até a entrada de Araras.
O caminho me era familiar. Certo dia uma namorada me levou pra conhecer Araras e disse que era uma gracinha, mas que lá, assim como em Petrópolis, tudo "mica", porque ninguém prestigia.
Seguimos a estrada até o final e lá estava a deliciosa Pousada das Araras, com sua mata, seus jardins, a Maria Comprida pertinho, o mesmo zelo, a mesma atenção.
O almoço era um reencontro. Foi uma agradabilíssima surpresa, mas como eu sempre digo e como toda surpresa é traiçoeira, um profundo sentimento nostálgico tomou conta de mim e me fez sair por ali, sozinho, olhando os chalés, os caminhos, lembrando da cenas no rio, na mata próxima à piscina. Não foi tristeza nem saudade. Foi mesmo nostalgia.
Saímos de lá por volta das seis da tarde e o céu carregava um monte de deliciosos impropérios pra descarregar sobre a gente.
Começaram a chover maciços pedregulhos de gelo e uma rajada de vento (de surpresa!) quase tomba o "utilitário". Segurei o bicho como se fosse um cavalo selvagem e evitei a vala, mas em seguida (Surprise, Xangai!) um raio lindo, violeta, vinho, grená, dourado, azul, prata, amarelo e um pouco verde também explodiu ali, na nossa frente, como se Deus tivesse vindo pra dizer: "Parô, parô, parô. Chega!"
Pensei na hora. Perdi o show da França, na Lagoa, por causa da chuva e agora tenho um espetáculo desses com crachá de "Private".
Great job!
Passado o susto, mas não o êxtase, cá estou a escrever esse quase diário.
E, de tudo isso ficou a certeza de que a gente só pode mesmo planejar o presente e executar o futuro, porque como dizia a Rádio-Relógio Federal, "cada minuto que passa é um milagre que não se repete". E o que passou, passou.
Galeria Silvestre, a galeria da luz. Ao terceiro sinal...
Chuva Forte! Tequila Evaporada!
- "Onde?"
- "Surpresa".
Odeio surpresas. Surpresas são sempre, no mínimo, surpresas. E surpresas nem sempre são agradáveis.
A morte da minha mãe foi uma notícia que recebi de surpresa. O 11 de setembro foi uma surpresa. Definitivamente, eu e as surpresas, em geral, não nos damos bem. Mas fui.
Topei pela qualidade do caráter da companhia. O dia estava bonito, pra quem gosta de céus azuis, claro, e lá fui eu de encontro a tal da surpresa.
BR-040, caminho de Itaipava, logo depois da Quinta do Lago pegamos um retorno, até a entrada de Araras.
O caminho me era familiar. Certo dia uma namorada me levou pra conhecer Araras e disse que era uma gracinha, mas que lá, assim como em Petrópolis, tudo "mica", porque ninguém prestigia.
Seguimos a estrada até o final e lá estava a deliciosa Pousada das Araras, com sua mata, seus jardins, a Maria Comprida pertinho, o mesmo zelo, a mesma atenção.
O almoço era um reencontro. Foi uma agradabilíssima surpresa, mas como eu sempre digo e como toda surpresa é traiçoeira, um profundo sentimento nostálgico tomou conta de mim e me fez sair por ali, sozinho, olhando os chalés, os caminhos, lembrando da cenas no rio, na mata próxima à piscina. Não foi tristeza nem saudade. Foi mesmo nostalgia.
Saímos de lá por volta das seis da tarde e o céu carregava um monte de deliciosos impropérios pra descarregar sobre a gente.
Começaram a chover maciços pedregulhos de gelo e uma rajada de vento (de surpresa!) quase tomba o "utilitário". Segurei o bicho como se fosse um cavalo selvagem e evitei a vala, mas em seguida (Surprise, Xangai!) um raio lindo, violeta, vinho, grená, dourado, azul, prata, amarelo e um pouco verde também explodiu ali, na nossa frente, como se Deus tivesse vindo pra dizer: "Parô, parô, parô. Chega!"
Pensei na hora. Perdi o show da França, na Lagoa, por causa da chuva e agora tenho um espetáculo desses com crachá de "Private".
Great job!
Passado o susto, mas não o êxtase, cá estou a escrever esse quase diário.
E, de tudo isso ficou a certeza de que a gente só pode mesmo planejar o presente e executar o futuro, porque como dizia a Rádio-Relógio Federal, "cada minuto que passa é um milagre que não se repete". E o que passou, passou.
Galeria Silvestre, a galeria da luz. Ao terceiro sinal...
Chuva Forte! Tequila Evaporada!
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