Não é por ser um fato ligado à música, mas à tendência de um mercado que, cada vez menos, vai depender de campanhas publicitárias e veiculações de custos astrônomicos em redes de TV.
A questão é o que os veículos estão pensando em fazer - e se há o que fazer - para deter a explosão do marketing viral?
Como sobreviverão as grandes redes de televisão quando os grandes grupos anunciantes se derem conta de que realmente não precisam mais de budgets de 7 dígitos para promover suas marcas, suas empresas, seus produtos e serviços?
Quem pensará, 24 horas por dia, em idéias certeiras que atingirão - com certeza absoluta e sem desperdício de mídia - os seus públicos-alvo?
Malcolm Gladwell escreveu sobre isso em seu primeiro livro, chamado "O Ponto de Desequilíbrio", mas eu aposto que não tinha a menor noção de que estes surtos e fatores imponderáveis poderiam vir a se tornar, tão cedo, premeditáveis e moeda valiosa na guerra do marketing do Século XXI.
Certamente, mentes capazes de produzir idéias como a deste rapaz canadense, serão remuneradas a peso de ouro. Ontem ou anteontem falávamos sobre a engenhoca que vai tocar 40 minutos de áudio e vídeo dentro de uma percentagem da tiragem de uma revista. E sobre o quanto isso vai custar.
Pois é sobre isso que estou falando.
Sobre o valor agregado a uma ação viral como esta, capaz de impactar o mundo em poucas horas.
É só um toque, um lance pra pensar.
Existirão agências empregando apenas gênios capazes de criar ações como essas?
Ou será que isso será eternamente um "Ponto de Desequilíbrio" e, portanto, se guardará como mistério, a 7 chaves para sempre?
É fascinante viver e testemunhar isso tudo, mesmo que estejamos do lado de fora dessa nova ordem mundial.
Mas eu aposto que, dentro de muito pouco tempo, estudos sociológicos, antropológicos e comportamentais em geral, não de um determinado universo de pesquisa, mas de todo o universo físico, farão parte dos estudos de comunicação.
É esperar e ver.
Aos que ainda não tomaram conhecimento do fato, eis os links, se quiserem ficar sabendo. O último dos links refere-se a uma crônica que escrevi correlatamente, citando o fato. Não faz parte da história, mas serve pra eu expor meu pensamento sobre prazeres, mulheres, músicas e grandes idéias.
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