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Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

COMO A MULHER DE LOT

Nervos à flor da pele. Mistura bem batida de desesperança, esgotamento e limite.


Uau, você chegou lá, babe! Você tocou o fundo do meu limite. Deu com a cara na pedra mais dura da minha paciência. E agora? Agora nada. Agora, simplesmente fodeu: estanca esse sangue, lava essa cara, coloca uma bolsa de gelo, toma um analgésico e sai fora.


Passa! Batida como quem rouba.


Eu lembro de um daqueles caras da Bíblia, do antigo testamento. Eu gosto mais do antigo, porque nele Deus sente raiva. Acho que Deus que sente raiva é um Deus mais crível do que o outro, que não cobra nada de ninguém.


Naquele episódio de Sodoma e Gomorra, quando o tal cara vem falar com Deus sobre a destruição de tudo e de todos, pedindo clemência, Deus vira-se e diz: se há um justo, um só, ali, tá limpo: eu mando a Al Qaeda voltar com os aviões pro chão.




Não havia.


O mais lento dos humanos ali era piloto de jato e todo mundo tinha culpa no cartório.


Não sou bom de nomes bíblicos. Vivo trocando 16 por 34 a toda hora. Mas, ainda assim, vou arriscar o palpite de ter sido a mulher de Lot quem não resistiu ao passado de orgias e olhou pra trás, tornando-se uma estátua de sal.


Gosto dessas histórias trash da Bíblia, porque elas cabem, hoje, exatamente como aconteceram. É impressionante como as pessoas, mesmo quando têm suas caras livradas por um indulto de Natal, sempre dão uma olhadinha pro passado, pensando em pensar em, um dia, voltar.


Pois a hora é essa.


É hora de voltar ao passado e repegar o que você deixou pra atrás. Seja o namorado do reveilon daquele ano (quando foi mesmo?) de quem você já nem se lembrava mais e que reencontrou no Orkut, sem querer – aliás, não lembrava mais nem dele nem do reveilon, de tão bêbada que estava; seja o primeiro namoradão, que foi preso junto com você, quando os dois, sem roupa, tiravam um sarro na praia, dentro do carro, no meio da madrugada; seja aquele outro, que você achou o máximo nunca ter se preocupado em perguntar o nome dele.


Não importa quem, não importa o que, não importa onde.


Todo mundo pode fazer o que quer e o que bem entende sem ter que fazer relatório pra ninguém.


Qual é a mulher que não adoraria voltar uns bons 10 ou 15 anos, nem que fosse pra dar uma tapona na cara do cara que a trocou por uma outra bem pior?


Os homens são infantis, são bobos, mas são maquiavélicos, às vezes.


Conheço alguns que costumam fazer isso. Só de sacanagem.


Outro dia, conversando com um velho companheiro da noite ele comentava sobre isso e é pura verdade: “Olha, se você quer mesmo, de verdade, sacanear a tua ex, nada de arranjar uma mulher melhor. Porque, ao vir a melhor a mulher se conforma, fica puta, mas se conforma. Ela não vai se conformar e vai tirar as calças pela cabeça é se te vir com uma pior do que ela. Aí, sim, é mortal”.


Mulheres são muito mais inteligentes, muito mais sensíveis, astutas, sagazes, poderosas, mas são previsíveis.


E este é o calcanhar de Achilles delas.


A previsibilidade matou o porquinho da índia. É fato. A primeira coisa que as mulheres mordidas fazem é colocar o hit “You’re the first, you’re the last, my everything” e ir pra pista.Se empavonam, se enchem de tinta, como índias no cio, enfiam botas, scarpins, sandálias, qualquer coisa que as deixem mais altas que o mais alto dos homens e saem por aí, à cata de um cara sério, que queira compromisso.


E o pior é que a maioria delas tem dois filhos. Adolescentes. Ou pré.


Mas, voltando ao papo, você chegou lá. Deu uma braçada olímpica e tocou a borda do meu limite como se fosse receber um troféu por ter concluído o percurso. Nada disso.


Eu te dou como recompensa o calhamaço do antigo testamento e aí você faz com ele o que quiser. Se achar melhor dançar como Travolta, nos Embalos de Sábado A Noite, tudo bem. Mas se for recomer a maçã, ao mais puro estilo ‘back to basics’, só pra ver a cobra sorrir, as conseqüências poderão ser terríveis.


E você vai acabar reencarnando como Chacrete.




You're The First, You're Tha Last, My Everything
Barry White


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