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Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

VIAGEM VIRTUAL DE CAMINHÃO, DO ALABAMA AO MISSISSIPI, RUMO À FLÓRIDA.

Reprodução do E-mail que enviei aos outros 30 amigos que compõem o "Falagalera", meu grupo de debates, no Yahoo Groups.

Caros amigos,

o Cesar me ligou ontem, domingo, por volta das 22:30h para bater um papo. Estava indo em direção à Florida, mas não sei precisar exatamente em que Estado ele estava quando ligou. Sei apenas que ainda não havia entrado no Mississipi. Falamos sobre o Adriano, sobre o Flamengo, sobre o PC, é claro, e o papo foi fluindo. Pude perceber o quanto a minha companhia lhe estava fazendo bem, embora dirigir sozinho, a noite, cortando a america de cabo a rabo não seja novidade alguma pra ele. Muito menos motivo de chateação.

Para quem não sabe ou não conhece o Cesar, ele é um grande amigo, há quase 20 anos morando nos Estados Unidos. Economista formado, empresário bem-sucedido, no Rio, nos anos 80, de repente resolveu largar tudo aqui e partir em busca do sonho que sempre teve, de conhecer a América de norte a sul, de leste a oeste.

Culto, com o inglês na ponta da língua, vendeu tudo o que tinha e foi embora, na cara e na coragem, em busca de aventura e realização pessoal. Hoje tem dupla cidadania, vem sempre ao Brasil matar as saudades, mas vive lá e adora o que faz. É motorista de carreta, daquelas enormes. Está feliz como pinto no lixo, fazendo o que mais gosta e ainda ganhando uma ótima grana para fazer. O Cesar, é claro, está muito bem de vida. Tem casa, 3 carros (tipo esses aí nas fotos). Ainda assim, não é diferente de ninguém e a solidão bate forte, principalmente, quando as estradas estão escuras e desertas.


Em determinado momento caiu a ligação e pensei: é, acontece lá também. Não demorou e o telefone tocou de novo, era ele outra vez. Nada do que eu pensava e sim o fato de ter acabado a bateria do celular.

Ele estava quase cruzando a fronteira do Alabama.

Carretas do tipo que ele dirige não só também podem ter um pneu furado como têm e, segundo ele, quando o pneu furado pertence a um dos eixos traseiros, nem sempre dá pra sentir, a não ser pela leve vibração no reboque.
Enfim, pneu furado. Caminhão parado para troca, mas é claro que o "Moustache" sempre carrega uns 2 ou 3 pneus novos para reposição imediata. Em seguida, parada para pesagem, na fronteira.

Como sei que foi assim? Porque eu estava viajando com ele, pelo celular.

Pude acompanhar isso tudo, daqui, ouvindo as conversas com o cara que fez a troca do pneu, colocando o caminhão na balança e coisa e tal.

Aproveitei e fui fazendo inúmeras perguntas. Conversamos sobre "caixa seca", sobre a inexistência do "sincoronizador" para a troca das marchas e a conseqüente necessidade de passar tudo no tempo, mas, ainda assim, a embreagem é fundamental. afinal de contas, como sair da inércia e como parar? Ele me explicou tudo, até mesmo porque prefere a "caixa seca" aos caminhões com sistema de "transmissão automática".

Já passava da meia-noite, mas a conversa seguia animada. Pedi que enviasse seus roteiros para que eu os acompanhasse pelo Google Earth. Depois, falamos sobre as 800 milhas diárias que ele chega a rodar, em cerca de 11 horas de trabalho, todos os dias. O caminhão seguia silencioso, em "cruise", ou seja, no piloto automático, sem buzinas, sem nenhum stress. Seguimos viagem até o truck-stop na entrada do Alabama, onde ele chegou ainda há pouco para se instalar e dormir. Então desligamos.

Amanhã, cedinho, ele chega à Flórida, descarrega, recarrega e segue em frente. Sempre. Conhecendo pessoas, fazendo amigos, amigas, vislumbrando novas paisagens, fotografando e filmando tudo.

Conversei com ele por alto, mas acho que isso ainda vai virar um livro.

Dentre todos esses papos, um, muito maluco, que deixei propositalmente para o final, me deixou realmente sem entender nada: um cara que ele conheceu ganhou do pai um Mustang zero e lixou o carro todo, para que ficasse fosco. O pai, ao ver o carro "todo estragado", claro, quase enfartou. Aí o papo enveredou pelos "Rat Cars", nova febre automotiva americana. E, como o que o Cesar me contou é simplesmente inacreditável fui ao Google, escolhi imagens grandes e digitei as chaves. Eis o resultado.

Não sei se gosto de tudo que baixei e nem sei se tudo que baixei é mesmo "Rat Car" ou "Rat Rod", mas vale à pena conferir a criatividade dos caras. E vale também dizer que nenhum dos carros, embora pareça, está maltratado. Muito pelo contrário, eles são deixados assim através de técnicas especialíssimas que inclusive incluem tratamento anti-ferrugem e proteção à pintura, contra a erosão natural.

Desligamos por volta de 1:30h. Estou muito feliz com o papo e com a viagem virtual que fiz com o Bigode. E muito mais feliz, ainda, por ter abreviado em um tempo significativo o tempo de uma travessia, que ele certamente faria ao som de C.W. McCall..

Segue a primeira parte das fotos. Em seguida mandarei o resto. São para ele, que sei que vibra mais e melhor neste mundo fascinamte das rodas.

Mas, se alguém quiser, fique à vontade para fazer download.

Abraços.

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