Este perfil vale para o Ferro De Bog Blog e para O Caramelo Azul

Minha foto
Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

VOCÊ

Você é tão carinhosa, tão atenciosa, tão audaciosa, tão atrevida, tão solidária, tão generosa, tão bacana, que só faltava ser bonita e gostosa, do alto do seu carisma.

E ainda, por cima, também é.

Você tem sido tão amiga, tão companheira, tão isso e tão aquilo, que não me resta outra alternativa se não dizer: chega mais.

Vem, esguia como um cálice de champagne e nua, como uma deusa embriagada por Baco.

Vem, com a cauda e o ferrão.
Vem com o veneno da sedução.
Vem, que te quero todas numa só.


Te quero nascida da Libra: o escorpião.

Claro que não é tudo. Não pode ser. Não precisa ser. Pode ser só uma estrofe esotérica, exótica, erótica, gótica. Pode ser um delírio, uma viagem, o efeito, o defeito ou, quem sabe?, o sintoma de uma droga qualquer. Mas pode não ser uma alucinação.

Pode ser simplesmente ilusão, magia, não?

Mas, mesmo que seja ou que não seja, sendo ou não, a mim me parece real e, portanto, permanece real. Em mim.

Tenho visto e vivido a surrealidade no dia-a-dia. Tenho encontrado Deus e o Diabo no mesmo rosto e sei que tudo e nada, ao mesmo tempo é real.

Pra mim, diante da tua nudez emocional, a realidade se reduz à brincadeira, à sacanagem e a tudo que puder liqüidificar a maldade, aqui e agora. já. Porque quando há caráter na mesa, a dignidade agradece, porque não tem trapaça no jogo.

Pirar, assim, num repente, diante do mundo e sem medo de nada, pode ser mais que falta de vergonha na cara, pode ser o antídoto contra as dores primais. Por isso, dispenso o básico e digo seja bem vinda realidade que me descarrila, que me tira do prumo, que me acalma e me aquece.

Claro que eu sei que a realidade é muitas vezes mentirosa e traiçoeira. Sei que traz na aba do chapéu, o pé do coelho que roubou da cartola do mágico amador, mas isso não tira dela a capacidade infinita de tornar-se mais criativa. Mesmo que efêmera, a pseudo-realidade sempre me deixa um legado pra lá de excitante: as pegadas para a próxima caça.

Portanto, passe por mim, mas esbarre, se esfregue, tropece e faça o máximo para cair de 4. E, se depois, um dia você se for, vá em paz, mas leve o meu cheiro, o meu único dote impagável, nem com promessa nem com dinheiro.

Leve, leve, o melhor do meu sentimento, mas me deixe a sua saudade, para que eu possa senti-la em mim. Seja lá como 'flor', pelo tempo que estiver aqui, seja jardim, pomar, cobra e maçã; seja pólen, sêmen, hífen, mantra, manta, cobertura, cobertor; seja minha casa, minha cabana, minha dama e minha puta.

Seja, enfim, a marca da luta entre o yang e o yin.

Seja assim, você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Passaram por aqui, desde 14/12/08.