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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

REFLEXÃO OU REFLEXO

Eu juro que tento a todo custo entender você e todos os seus movimentos, todos os dias. Me esforço, presto a maior atenção, observo, analiso, decupo, cruzo dados, mas não consigo traduzir este seu jeito de ver o mundo de uma forma, agindo de outra diametralmente oposta.

Tudo bem, eu sou radical. Admito. Aliás, justiça me seja feita: sempre admiti. Seja lá porque a história não fala muito dos equilibrados, seja porque só os radicais operam mudanças significativas, seja porque um corpo metade no forno, metade no freezer, tem a temperatura média perfeita ou ainda, por mero espiritismo suíno. Não importa. Eu não faço a menor questão de ter razão.

O cara dá uma porrada no teu carro, salta, admite a culpa, diz que você está com a razão, mas diz também que não tem seguro nem dinheiro pra arcar com o prejuizo. Então, pra que ter razão?

Você não.

Você é bacana, tem estilo, tem atitude, tem talento, tem pose, tem educação, tem inteligência, cultura, conhecimento, informação, equilíbrio, comedimento, tem tudo: mas falta direção, falta foco. Se perde no meio de uma confusão tão louca, que não percebe a inutilidade dessa parafernália toda, diante da mais interessante das perspectivas: a ludicidade.

Ser lúdico não é ser irresponsável. Também não é ser inconseqüente ou inconveniente. Ser lúdico é assim, deixa eu ver se consigo te explicar melhor: é como estar até a tampa de problemas de todos os tipos e em vez de levar três travestis para um motel de quinta, convidar a mais bela das suas amigas disponíveis para um jantar. E à luz de velas, e no Roberta Sudbrack, e degustar um Rocche Dei Manzoni Barolo Vigna D'La Roul (1999), aliás, na minha modestíssima opinião, o vinho mais sofisticado da Itália.

E o acompanhamento? Um ravióli de beterraba assada e parmiggiano.

Acho que só te falta entender que viver é interpretar sinais e que sinais são muito mais do que os de mais, menos, multiplicar e dividir.

Eu juro que tento a todo custo me entender e entender todos os meus movimentos, todos os dias. Me esforço, presto a maior atenção em mim. Me observo, me analiso, decupo, cruzo dedos, mas não consigo decifrar esse meu jeito, de ver o mundo de uma forma tão diametralmente oposta a sua.

Quer saber? Você tem toda razão.

(barulho de espelho quebrando, pano rápido, black-out, aplausos... fim)

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