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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

COMIDA AZUL

Nunca vi comida azul. Como de tudo, do legume ao churrasco e nunca vi.

Estudei, semi-interno, em colégio interno. Comi comidas da pior qualidade, não porque a comida era tão ruim, mas porque eu era pequeno, tinha onze, doze anos, era, como disse, semi-interno e voltava pra casa, todos os dias, junto com o velho e bom musical da falecida Rádio Eldorado AM... 'ao cair da tarde'.

Isso deixava os alunos "maiores", internos, com raiva, e eles nos roubavam os bifes e os ovos fritos; os empadões e as batatas fritas, deixando pra nós, os alfaces, os tomates, feijão, arroz, uma sopa de alguma coisa, um pão e o copo de suco, se o suco não fosse muito bom.

A editora do colégio se chamava FTD e por isso, nós a rebatizamos de "Feijão Todo Dia". Pois é. Ainda assim, nem lá, no refeitório do Colégio São José, eu vi uma comida azul.

Aliás, a bem da verdade, nem suco nem refresco azul. Azul, na mesa, na hora das refeições, nunca vi mesmo.

Sorvete azul eu já provei. Lembro que numa sorveteria de Copacabana, lá pelos anos 60, tinha. O nome da sorveteria era ZEROº. Uma delícia. Tinha um sorvetinho pequeno, que vinha num copinho branco e se chamava "Cremino".

Não sei porque não fazem comida azul. Há portas, paredes, automóveis, roupas, guarda-chuvas, cuecas, lápis de cor, até o céu, quando está limpo, então, por que não fazer uma comida azul? Tipo, pegando carona na canção: "Azul da cor do mar", que não é azul, mas verde. Azul mesmo é a cor da água da piscina e mesmo assim, só quendo você vê de fora, porque fazendo uma concha com as mãos, quando você olha de perto, é transparente.

Fiquei pensando nisso e fui pesquisar. Procurei aqui e ali. A idéia era encontrar alimentos azuis em alguma parte do mundo, importá-los e abrir, aqui, no Rio de Janeiro, um restaurante que servisse comida azul.

Depois de muitas voltas, encontrei uma explicação tão interessante quando lissérgica e fiquei maravilhado de qualquer maneira. Jamais tomei um ácido, mas se tivesse tomado, com certeza, daria uma explicação assim.

"Na época do aparecimento da primeira forma de próto - vida (da qual todos os seres vivos poderão ter descendido) a procriação somente foi possível porque um raio de luz (dextrógiro, isto é, desvia a luz para a direita) incidiu sobre a molécula de proto-vida e provocou a sua divisão em duas partes com as mesmas propriedades. Isto deve ter se passado há cerca de 3,5 a 4 bilhões de anos, quando numa poça de caldo primordial (água com cadeias de compostos orgânicos), e após a terra ter esfriado, esse raio atingiu essa molécula orgânica.

Provavelmente, em função disso, todos os seres vivos se alimentam de produtos que desviam a luz para a direita, não para esquerda...

...como é o caso da cor azul, que desvia a luz para a esquerda...

Lembro o efeito Doppler que nos permite verificar se as Galáxias se afastam entre si ou da nossa Via Láctea, através da análise do espectro de luz... se o desvio é para o azul, se aproximam... se é para o vermelho, se afastam..."

Como na Internet se escreve de tudo e como provavelmente matei esta aula, em vez de me afastar, sigo buscando me aproximar do azul, da comida azul, quem sabe, para receber todos vocês no meu restaurante.



Aprendendo a música:



When Bruce Springsteen finally broke through to national recognition in the fall of 1975 after a decade of trying, critics hailed him as the savior of rock & roll, the single artist who brought together all the exuberance of '50s rock and the thoughtfulness of '60s rock, molded into a '70s style. He rocked as hard as Jerry Lee Lewis, his lyrics were as complicated as Bob Dylan's, and his concerts were near-religious celebrations of all that was best in music. (Alll Music Guide)

Bruce Springsteen - Fire

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