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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

QUANDO O ASSUNTO É LEITURA, O BASTANTE NUNCA É SUFICIENTE

No Brasil que eu conheço, quase ninguém lê: todo mundo ouve falar, todo mundo diz 'já vi falar'. E olhe lá.

No Brasil que eu conheço, na maior parte das vezes, quem lê, quando lê, lê mal, lê errado. E o problema não está no preço dos livros nem na falta de tempo. O problema está na falta de educação e a leitura é fundamental, porque quem não lê, não sabe escrever, não adquire vocabulário, não interpreta direito o que os outros estão dizendo e escrevendo. E pior: pensa que sabe o que pensa que sabe. E não sabe. Ler ou não ler não é uma questão de ponto de vista. Ler é fundamental como respirar.

Eu leio pouco. Reconheço. Leio muito, mas ainda assim leio pouco. Tenho amigos, como o "Professor PC", da FACHA, que lê o bastante. Não lê o necessário, mas lê o bastante para cada dia. O "PV", outro amigo "véio", escolhe o que lê, porque lê tudo e só assim pode escolher. O "Beni", que tá aqui no meu Orkut, é uma das pessoas mais cultas e informadas que eu conheço. Porque lê. Eles lêem. Mais do que eu, que estou sempre buscando e lendo algo interessante, consistente.

Conversei sobre isso com o meu filho neste último fim de semana e dei, a palavras que ele conhecia, seus verdadeiros significados: e ele os desconhecia.

Falta interesse pela leitura, falta educação e aqui eu dou minha mão à palmatória.

Tem CS demais, tem GTA demais, tem Priston de mais. E leitura de menos. Isso me fez pensar sobre o que há de errado?

Tudo.

Você, que me lê agora, olhe pra 'lente da verdade' e responda: que livro consistente e relevante você está lendo hoje? Qual foi o último livro consistente e relevante que leu? Quanto tempo faz isso?

Não, não é sacanagem dizer em público que o meu filho não lê, lê pouco ou lê mal. A hora é esta, a mídia é esta. Aqui ele vem, aqui ele lê, aqui ele está. Então é aqui que tenho que agir, enquanto ele tem 15 anos e idade para aprender, que ler resolve quase tudo.

Aliás, apreender resolve quase tudo.

Sacanagem é não questionar, não lembrar, não instigar, não provocar uma reação, não só nele - meu Orkut está repleto de amigos dele - e nem só neles, que estão começando agora, mas em vocês, burros velhos e burras velhas, que confundem scrap com crepe.

Sacanagem é esquecer ou não saber que 'mas' e 'mais' são duas palavras distintas e nem foneticamente tão parecidas. Pelo meu filho, pelos seus amigos e por todos nós, escolhi mudar este espaço para um outro, um mural cultural, onde pessoas possam vir até aqui e deixar suas experiências, citar livros, enfim, escrever conteúdo.

E sabem por que?

Porque está faltando conteúdo e sobrando informação. A WEB 2.0, a figura do "prosumer" - portmanteau entre produtor e consumidor - estimula a criação de conteúdo, mas a falta de cultura faz com que a gente encontre pérolas e porcos, sob um mesmo tema.

Há que se ter conhecimento. E conhecimento se adquire, dentre outras maneiras, lendo. Nada pessoal, nada nominal, nada circunstancial. Ninguém escreveu aqui besteira alguma. Meu filho não é menos nada do que eu, do que vocês, apenas precisa aprender a ler.

Portanto, todos aqui são, até que se prove o contrário, letrados e cultos. Ainda assim, imagino que minha página vá perder visitas declaradas e ganhar "fantasmas" que desabilitam seus setups.

Não me importo. Quem quiser ajudar e escrever, que escreva. Quem quiser continuar a mandar suas abóboras, que mande. Eu as lerei e as responderei, como disse, na medida do possível, mas estou decidido a ir além e vou usá-la para contribuir de alguma forma - espero que positiva - para que palavras como bastante, não continuem sendo entendidas como muito; ignorante, como sinônimo de burro; medíocre, ridículo; e assim por diante. Em tempo: 'Aonde' não é o mesmo que 'onde' e 'Há muitos anos atrás'é inaceitável.

Finalmente, entre 'eu' e você nada vai rolar mesmo.


Thank you to all the people who have been so nice in their responses to the videos I've posted--and to those who have given me suggestions for improvement. It's deeply appreciated.
My sister and I are currently working on a CD of original folky/bluesy/jazzy material under the band name Madaket. We're recording everything ourselves so it might take a while, but I'll keep everyone posted here, so check back once in a while!


Shuber - Hallelujah

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