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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

domingo, 2 de novembro de 2008

PACTO DE VODKA

Olhei a garrafa sobre o tampo do bar, linda, impávida, fechada, aliás, lacrada e pus-me a observar o design, os detalhes, o lettering exclusivo e, por fim, a marca: Absolut.

Lembrei de um grande amigo, já falecido, daqueles que a gente bate no peito com orgulho e diz: esse cara é meu amigo.

Verdade: o cara era mesmo meu amigo, mas daqueles amigos que a gente só pode contar quando o aperto é realmente sério, porque amigos como ele e tenho alguns outros, conhecem a gente a fundo e sabem exatamente quando a encrenca é de verdade. Não foi à toa que, em Floripa, ao ver um grafite num muro onde se lia: "quem é de verdade, sabe quem é de mentira", pedi a Virgínia, que tirasse a foto: emblemática.

Ser de verdade significa saber de verdade. Conhecer de verdade, sentir e prever de verdade, sem viagens psicodélicas, sem suposições escatológicas.

Pois esse meu amigo era assim: amigo de verdade.

Trabalhamos juntos em algumas ocasiões, tivemos umas duas ou três namoradas em comum, éramos do mesmo signo, tínhamos plena e total confiança um no outro.

Amizade de homem é muito diferente de amizade de mulher. Infelizmente, mas é.

Pois um dia, diante da namorada (dele), conversávamos sobre a confiança que tínhamos um no outro. Namorada bonita, esguia, falsa magra, relativimanete alta, mas com linhas e contornos aguçados, a morena olhava e participava da conversa com um ar entre o desdém e a inveja. Em determinado momento, um pouco irritada, talvez, com nossa integridade moral e ética...rsss, ela disse na nossa cara: "Ok, se é assim, deixa eu sair uma noite com ele. Só nós dois: você fica".

O clima não mudou nada. Ouviu-se uma sonora gargalhada e em seguida houve o agendamento.

Conforme o combinado, passei de carro e peguei-a em casa. Estava linda, sensual, vestida para matar, mas deixando transparecer uma pontinha de raiva.

No fundo, no fundo, eu sempre achei, ela queria que o ciúme falasse mais alto e que aquela cena não fosse real.

Mas era.

Em São Conrado havia um barrrestaurante (agora parece que é assim que se escreve), com shows ao vivo. Tudo muito glamouroso, especial, gente bonita, alegre, rica. Kid Abelha, Lulu Santos, Lobão, todos, começando, tocavam lá. A Blitz, a Gang 90 também.

Pra quem quiser checar, o lugar chamava-se Caribe.

Senta-mo-nos e perguntei se ela desajava beber alguma coisa. Pediu uma Absolut. O garçon perguntou se desejaríamos a garrafa na mesa e eu prontamente disse: claro que sim.

Um papo delicioso, cercado por olhares masculinos atentos, regado a Absolut, sensualidade, jogo e... só.

Ela saiu bem bebida. Eu saí inteiro, porque quase não bebo, mas aprendi a enrolar direitinho.

Por volta das 4 da manhã, eu a deixei em casa e fui dormir. No dia seguinte, os 3, nos reencontramos no trabalho, como se nada, nunca, tivesse acontecido.

Eles viveram felizes por muito anos, até que um dia se separaram, mas não por minha causa.

Ela jamais imaginou e ele jamais duvidou que a chance de ter rolado alguma coisa entre nós era zero.

Abri a garrafa, peguei um copo e estou relembrando os velhos tempos com um grande amigo.



Dr. Feelgood was the ultimate working band. From their formation in 1971 to lead vocalist Lee Brilleaux's untimely death in 1994, the band never left the road, playing hundreds of gigs every year. Throughout their entire career, Dr. Feelgood never left simple, hard-driving rock & roll behind, and their devotion to the blues and R&B earned them a devoted fan base. That following first emerged in the mid-'70s, when Dr. Feelgood became the leader of the second wave of pub-rockers. Unlike Brinsley Schwarz, the laidback leaders of the pub-rock scene, Dr. Feelgood was devoted to edgy, Stonesy rock & roll, and their sweaty live shows -- powered by Brilleaux's intense singing and guitarist Wilko Johnson's. (All Music Guide)

Dr. Feelgood - Riot in Cell Block #9


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