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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O OLHO DE DEUS



A cada novo dia, um novo experimento, uma nova viagem, um passo a mais, mais um e um tropeço aqui e ali. Os passos dão nos movimentos e os tropeços na reflexão. Caminhar sem refletir pode dimensionar mal a longitude.

Não cabe a mim ensinar a cadeira "VIDA" a quem não pode se dar ao luxo de sentar-se para a sesta.

Não há tempo de sobra, não há falta de tempo. Há o tempo, inventado pelo homem, atrasado pelo relógio e adiantado pela ciência.

A mente é poderosamente infinita e capaz de operar verdadeiros milagres nas nossas vidas.

E, se a minha vida não anda lá nada fácil, fácil é imaginar que a minha mente não está posicionada de maneira correta. Em relação a quê?

Esta é a razão de cada passo. Mas ainda não sei.

Deus é testemunha do corpo vi estirado na rua, em plena Praça da Liberdade, no final da antiga João Pessoa. Deus é também testemunha daquelas pessoas que rodeavam o senhor desfalecido, tentando inutilmente chamar a ambulância da Defesa Civil.

Os pipoqueiros vendiam pipocas, mas o trânsito pesado das 6 da tarde parou pra olhar.

Deus é testemunha de cada pipoqueiro, de cada motorista, de cada passageiro, de cada senhor semi-morto, de cada cara triste e acabrunhado como eu naquele instante.

Deus testemunha o tempo de cada um, mas só eu e cada um podemos viver e programar o nosso tempo de sair daqui e de chegar ali.

Como fazer isso é o grande segredo.

Um segredo íntimo, que cada um às vezes nem sabe, mas traz dentro de si.

O ser transparente, sincero, direto, deu lugar ao quase monge tibetano.

Pelo menos enquanto ele caminhar rumo ao ponto do ônibus, ali pertinho do relógio das flores.

O carro enguiçado, pela sexta vez em 3 dias, foi o sinal de alerta.

O grito de PARE! Então parei, pensei, refleti... e dei mais um passo.

Porque parar é voltar atrás. Porque voltar atrás é dar às costas ao futuro e prender-se às armadilhas do presente.

O presente não é para ser vivdo, mas para ser vencido. E tenho certeza de que cada um de nós, vai saber vencê-lo.

O senhor caído na rua, talvez nunca mais se levante. Talvez ele possa, merecidamente, descansar.

Ele. Mais um, como cada um de nós. chegou ao final da sua caminhada, mesmo que tenha sido num dos infinitos tropeços.

Enfrentar os limites com doçura e esperança é o pode nos sustentar, quando Deus se torna apenas testemunha e não temos mais pernas para caminhar.

Dedico este texto torto a todas as pessoas tortas, que amo com um fervor torto e passionalidade retilínea.
Portanto, dedico-o a você.

Long Life Rock and Roll!!!

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