
Esclareço que depois dos tempos da Rádio não tivemos mais um contato tão próximo, nos reencontramos em eventos sazonais e nunca nos ligamos pra falar do cotidiano nem pra saber como vão as famílias.
O scrap dele foi postado publicamente, não veio por depoimento seguido de um pedido para que o deletasse.
Está aqui, na minha página de recados e por isso tomei a liberdade de inseri-lo nesta edição do meu perfil.
Eu, particularmente, nunca fui um cara politicamente correto.
Não babo ovo, não douro pílula, não puxo saco, sou crítico, exigente, cobro sempre o máximo de mim e das pessoas com quem trabalho e convivo. Já disse aqui e repito que sou praticamente insuportável e se há uma grande marca no meu currículo, não é a marca de um cara passivo, maria-vai-com-as-outras, que abaixa a cabeça e se limita a gerenciar o que vem de cima ou dos lados.
A minha marca sempre foi e acho que sempre vai ser a da irreverência, da transgressão, no sentido mais ético da palavra, por favor. Logo, fico muito à vontade pra escrever estas linhas.
Juntos, pelas mãos e pela sensibilidade do Luiz Antonio Mello, com o Amaury Santos e com toda a galera que montou a chamada Maldita, fizemos mais do que história na história do rádio brasileiro - e não é pretensão minha dizer isso. Os livros, os filmes, os depoimentos de artistas e de músicos famosos, as citações no Google dizem isso por mim -, criamos uma família.
Selma Boiron, Paulo Sisinno, Vera Lucia, Amaury, o próprio Álvaro, Monika Venerabile, o LAM no timão e tantos outros - não estou citando todos, porque não quero ir checar e perder a emoção do momento - estão aqui, na minha lista de amigos, e podem confirmar ou não a existência pra sempre desta família.
Pois é. Recebi este scrap do Álvaro e confesso que ambos - ele e o scrap - me pegaram acordando, às 7 e meia da manhã e me deixaram com lágrimas nos olhos e com a voz embargada. Talvez nem todos nós entendamos, hoje, o real significado deste pequeno depoimento, mas não importa.
A família cresce, se espalha, casa, cria novas famílias, se muda, some, mas um dia se encontra de novo, nem que seja pra dizer 'eu te amo' de verdade.
Na verdade, isto não é um perfil. É uma forma de catarse, um grito de alegria e, ao mesmo tempo, de uma profunda melancolia. Porque o tempo passa e urge; alavanca e catapulta.
Enfim, do Álvaro tiro o texto e o contexto para reendereçá-lo a todos a quem devo encontros e reencontros, com beijos, abraços, chopps gelados, cocas zero, sorrisos e por que não? Lágrimas.
Alvaro Luiz
23:20 (9 horas atrás)excluir
Apenas p/ te dar um abraço amigo!Daqui a pouco com os sustos vividos ficaremos frustrados em não expressar de forma clara a admiração que temos pelos amigos. Receba um deste.
Tequila evaporada! Chuva Forte!
Long Life Rock'n'Roll!
Obrigada por me citar, por não me esquecer, por postar nossa foto logo no início, por estar acessível, por ser Serginho 4ever & ever, obrigada! Repito aqui as falas do Alvaro q soube como poucos expressar tão concisamente algo tão difícil de dizer e tão comum de acontecer. Bjs & abs:)
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