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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O ORKUT E A SÍNDROME DE BOND

Quem está aqui está interessado na vida dos outros. Não importa em que sentido e não interessam os objetivos.

Antes de ser uma rede de relacionamentos, com todas as suas qualidades e defeitos é uma rede de controle e monitoramento.

Isso aqui é uma espécie de Big Brother, sem a mediocridade do programa de TV e sem a presença sádica do Pedro Bial.

Quem se loga na internet, hoje, pode controlar ou ser facilmente controlado por quem tem interesse nisso. Você entra aqui e sua carinha aparece dedurando a sua presença online.

Você abre o Gmail e a bolinha verde diz que você está online. Você abre o MSN e fica exposto, ao mesmo tempo, a todos que perfazem a sua lista de contatos.

Claro que você escolhe quem coloca nas suas listas, claro que você não conhece a maioria das pessoas que coloca nas suas listas e claro que eu acho tudo isso de uma inconseqüência louca, embora muito divertida. Por fim, é mais claro ainda que manipular toda essa engrenagem, com inteligência e estratégia, pode transformar espionagem em contra-espionagem, site de relacionamento em RPG e scraps em cifras, gerando um círculo-vicioso.

É fácil.

Não vou ensinar padre a rezar missa. Todo mundo sabe. Não é novidade, mas é engraçado, porque ninguém ousa assumir que usa o Orkut desta maneira. Mas usa. Consciente ou inconscientemente usa.

E mais: os divãs estão perdendo lugar para os perfis.

Pirei? Claro que não.

Adoro a modernidade, embora me saiba pedrinha neste tabuleiro. Sei que sou lido por quem gosta do que escrevo e por quem me detesta e quer apenas saber se já caí e quebrei a perna. Normal. A humanidade é mesmo controversa. Não há mais romantismo nem ludicidade nas brincadeiras de “Verdade e Conseqüência”. O “Jogo da Verdade” virou “Mata-Mata” e, no fim, todos morrem. De rir, que seja.

Chegamos ao ponto de poder ficar invisíveis, ou seja, temos a opção de estar aqui sem estar. De estar no Gmail sem estar. De estar no MSN e não estar. Tudo isso, como se nossa consciência pudesse estar e não estar.

Eu sempre escrevi aqui o que penso, o que sinto e o que desejo que circule por aí a meu respeito. Não seria capaz de expor minhas vísceras se não calculasse, antes, o tamanho do risco. Portanto, leiam e releiam à vontade, mas não pensem que não sei que estou sendo radiografado.

Afinal de contas, estamos em “1984”.

Tequila Evaporada! Chuva Forte!

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