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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

ROCK IN PATY

Foi um fim de semana raro, iluminado, perfeito, eu diria, em todos os sentidos.

Chegamos a Paty, por volta das 8 da noite de sexta-feira. Nenhuma referência, nenhuma informação.

O dever de casa era comer alguma coisa e achar uma pousada. Um abrigo contra o frio que, aliás, nem chegou. Foi um fim de semana de temperatura amena. Talvez uns 16º, não menos do que isso. Rodamos aqui e ali. Eu não ia a Paty há uns 40 anos. Nada mudou. A não ser o cinema que virou Igreja Universal e o Campestre, que acabou.

Para falar a verdade, acho que Paty mesmo não vai a Paty há mais de 40 anos, tal o ritmo lento e descansado da cidadezinha simpática de poucos mil metros quadrados. Eu não tinha levado nada. Nem mapa nem telefone de ninguém. A Virgínia só ria e dizia que sou o que estou cansado de saber: maluco. A solução foi ligar para o Amaury e ver se ele teria os tels do PC. Tinha. Antes de desligou, ele mandou abraços e beijos saudosos. Depois, foi-se.

Ligamos para o PC. Ele estava a caminho com Tia Beth. Isso era lindo, porque além de uma referência, teríamos a companhia do simpático casal. A primeira dica foi: "Não me deixe". Comentei que isso deveria ser os efeitos da altitude na idade. Imaginem se iríamos deixá-los, exatamente naquele momento, quando aguardávamos ansiosamente por eles? Nunca. Havia muito pra fazer ali. Não fazia sentido a súplica.

"Não, Magalha... o nome da pousada onde vamos nos hospedar é "Não me deixe", meu camarada". É isso mesmo? Sim, é isso mesmo. Este é o nome de uma simpaticíssima pousada, cuja dona, simpaticíssima também, nos recebeu de braços abertos, embora não tivesse mais acomodações disponíveis. Argumentamos, ponderamos, choramos daqui e dali, até que ela, com pena e visivelmente comovida com nossa aventura, nos concedeu um minúsculo apartamento, de frente para a algazarra da piscina e de lado para o jardim de inverno, onde é servido o café da manhã.

Topamos, na hora.
Estava ótimo assim. Pegamos as coisas, agradecemos muito a ela, ao marido dela, e já estávamos de saída em busca de surpresas e do resto da galera, quando ouvimos que o Fernando Veiga já havia chegado. Quem? O Miúdo e a Inês estão aqui? O Chico, a esposa e o filho também? Estávamos em casa e não sabíamos.
Infelizmente, este cubículo no Orkut não permite ir muito além com o texto. Se houvesse espaço, eu juro, escreveria, daqui mesmo, um livro inteiro. Vou, portanto, resumir as "Good Vibes" na "Swinging Paty", neste outono do Rock, em 2009. Foi muito mais que uma festa.
Passou muito de um reencontro.
Transcendeu à maior das expectativas: mais de 60 amigos e amigas, distantes por mais de 40 anos, de novo, ali, professando a velha amizade, ao som do eterno Rock'n'Roll do Steppenwolf, da Bo Diddley Beat do Eric Burdon e dos Animals, conectados, in loco, pela iniciativa glamourosíssima dos "Shades", banda formada no Grajaú, nos anos 60.

Freitas, João, Mario Henrique, Fernandinho, esposas, filhos e netos, vocês foram a coisa mais autêntica e significativa que vivemos, nós dois, neste ano, com toda certeza. E pra misturar o Rock'n'Roll do Shades com a MPB do Dalmo Medeiros (MPB4), vou parafrasear Chico Buarque, ao contrário: Mesmo "quem não os conhece, pôde mais ver, para crer".
Carinho, amor, amizade, delicadeza, atenção, cuidado, afeto e dignidade são palavras circunstancialmente pobres e simples demais para descrever o que sentimos aí, junto a vocês. Papos intermináveis, sorrisos, abraços, churrascos, beijos e muitos cliques, separados apenas pelos momentos de lua, mel, Rock e Roll.
A vocês, que nos proporcionaram tanta alegria, eu dedico não só os meus, mas os nossos cabelos brancos, tratados com desalinho e nenhum respeito desnecessário. (A tirada não foi minha e sim do Miúdo) Tequila evaporada! Chuva Forte!

The Shades


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