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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

LET'S TWITT AGAIN

Nos últimos 15 anos, pelo menos, a maioria de nós, com certeza, linkou ou deu um andu. Não adianta negar. Isso é verdade.

Ao longo desta década e meia, recortamos sem usar a tesoura, copiamos sem as máquinas Xerox, colamos sem Cola Polar e demos inúmeras voltas ao mundo sem pisar em um único aeroporto. Num piscar de mouses, deixamos Manhattan e fomos direto, sem escalas, pra Terra do Fogo.

Pessoalmente, cansei de sair de Paris, às 9 da noite, depois de um passeio pelos corredores do Louvre e ir a Londres, ver como andavam as gravações do novo "Fireman".

Temos visto e ouvido coisas de todos os outros mundos.

Quando não fomos a lugar algum, enviamos e recebemos correspondências sem ter tido que selar as cartas, sem ter que dar uma passadinha rápida nos Correios. Compramos, vendemos e trocamos de tudo sem usar dinheiro, fizemos amizades, criamos vínculos e até relações com pessoas que jamais encontramos. Muitos namoraram, transaram, noivaram, casaram - ou se separaram - sem desligar o monitor.

Se alguém me dissesse que a vida ia ser assim há 20 anos, eu diria: que barato!!!

E é, relativamente barato. Fazer tudo isso custa aproximadamente o preço da velocidade com que você deseja viver isso tudo.

As facilidades são tantas, os meios são tão diversos, os canais são tão diretos que temos a sensação de que a informação virou lixo, ou melhor, commodity.

A idéia de que todos temos a capacidade de saber tudo sobre qualquer coisa nos fortaleceu a auto-estima. Nossos egos, anabolizados, passaram a escolher "a verdade' mais adequada ao nosso "perfil" do momento. Customizamos a realidade e, ironicamente, tornamo-nos usuários da nossa própria ilusão. Isso pode ser sensacional. Mas pode ser trágico. O paradoxo dos paradoxos.

Hoje, diariamente, milhões de 'Freak Shows' são patrocinados por gente que pensa que pensa, por gente que pensa que sabe e por gente que simplesmente não pensa, porque não é mais preciso pensar.

Alambrando a conversa e limitando-a ao idioma português, "mais" e "mas", antes confundidos, agora tiveram seus sentidos literalmente invertidos. Quiser com "z", celebridade com "S", êxito com "h" e hesitar sem, são "arroz de festa" nesse palco iluminado, onde tudo é permitido.

Eu pensava sobre isso e sobre onde isso tudo ia dar, se ia dar em algum lugar ou não; se teriauma finalidade ou um fim, quando vi nascer mais uma destas ferramentas auxiliares às redes sociais: o Twitter.

Com ele veio mais um verbo: o verbo twittar.

Hoje, 15 anos depois do início deste artigo, eu o conjugo sem medo de errar.

Eu twitto, tu twittas, ele twitta, nós twittamos, vós twittais, eles twittam. Enfim, todo mundo twitta, só que num espaço máximo de 140 caracteres.

Em outras palavras: "Mãeeeeeeeeeeeee... o telegrama voltou".


NR: o mais bacana no Twitter é que, pra se comunicar, cada um tem que dizer o que tem pra dizer. Quem não tem, dança.

Será a vingança dos filólogos?

Tequila evaporada! Chuva forte!



Let's Twi(s)tt Again
Chubby Checker

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