
Isso não responde à maior parte de nossas perguntas, mas aponta o caminho para a resposta. E talvez não haja resposta.
A nossa pílula vermelha pode ser placebo e a outra, mera fixação científica.
Estamos juntos e sós. Todos juntos e todos absolutamente sós, cada um dentro de si. Só, com Deus.
Não, não me refiro ao Todo como sendo Ele, o Todo, Deus. Deus é Deus. Todo é Todo.
Todo é o universo de possibilidades que temos aqui neste Planeta. O que fazemos com ele - Planeta - não é, em hipótese alguma, uma decisão coletiva.
Nada é coletivo.
Deus é um e o Todo somos todos nós.
Surfar nessa onda é tão fascinante quanto morrer encaixotado dentro dela. E morrer não deve mesmo ser o fim. A cada dia mais me convenço de que a ciência e a religião são partes humanas de Deus. E que nossos esforços para provar nossas sensações são cada vez menos profícuos.
A realidade é a realidade de cada um. Não existe verdade, não existe ficção.
É. Estamos todos enrolados em busca das peças que faltam no quebra-cabeça da vida. Talvez as peças, simplesmente, não existam. Quem sabe, as condições humanas sejam especulações projetadas por sistemas poderosos, que nada têm de divinos?
Lideranças apontam caminhos. Súditos os seguem como carneirinhos, em busca de um ideal predeterminado. E esses caminhos estão sob o julgo dos fenômenos mais diversos do Todo.
Aviões sempre caíram. Mas, se há aviões maiores, mais pessoas caem com eles. Normal, previsível, nada demais.
Avançamos sempre motivados pelo que não temos ainda. Não nos basta a consciência e a possibilidade de desfrutar do oxigênio que nos mantém de pé. Precisamos ser empurrados por ordens superiores que nos impelem sempre a produzir mais e mais e mais e mais.
Não há descanso para o guerreiro. Nem paz para os generais.
Só a intuição é segura.
O conhecimento é uma armadilha. O desconhecimento é uma armadilha letal. Entre os dois, estamos nós, os cultos e os ignorantes; os líredes e seus seguidores.
Não há para onde ir.
Entenderam?
Não há destino. Façamos o que fizermos nada mudará, a não ser que depois da morte haja algo mais do que um julgamento e duas portas.
Lidamos com a nossa mente, como quem lida com o futuro. Mas está na cara, na palavra: a mente mente. Porque não sabe e porque exigimos que saiba, a qualquer custo, de qualquer maneira.
A urgência pelas respostas está matando o prazer pela vida. E as respostas podem não existir. Isso tudo pode ser um jogo apenas nosso. Afinal de contas, "Deus não joga dados com o universo", disse Einstein a seu amigo Max Born.
Será que isso não significa nada?
Klaatu - Calling Ocupants (of interplanetary craft)
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