São 10 anos de história, de histórias, momentos de alegria, dor, prazer, morte e até brigas entre nós mesmos. Mas, jamais as conseqüências de nossas divergências agudas, nos separaram ou desconstruiram as nossas amizades.
Alguns entraram, não aceitaram fazer o teste da farinha e sairam, mas os que permanecem, permanecerão pra sempre.
Até que a morte nos separe. Tsic. Tsic.
O PV, pra quem não o conhece, é um ser humano raríssimo, um misto de professor do IME com Trent Reznor. Um revolucionário que usa apenas sua intelectualidade na guerrilha, mas que a usa sempre de maneira letal; um globe-trotter excêntrico e alternativo; um cara que podia ter um jato, mas cruza a Europa de trem e reclamava das diferenças entre as bitolas (acho que isso foi corrigido, quem sabe, por causa dele?); um amigo inacreditavelmente incondicional; um profissional top de linha; enfim, o PV é um ateu casado com uma cristã de carteirinha. Esse cara existe? Existe e é irônico, sarcástico, cujo humor, acidamente britânico, e negro, por composição química, escolhe me afrontar - no bom sentido - com o texto que se segue, talvez já prevendo que fosse virar post no Ferro de blog Blog.
Paciência, PV. Você pediu e aqui está o que você queria.
Publico, em seguida, o texto enviado pelo PV e minha réplica, indignada, como sempre. Prometro aos meus parcos leitores mantê-los todos em dia, por aqui, caso o assunto ganhe desdobramento, o que é provável.
Boa leitura.
[falagalera] Criatura asquerosa e repulsivaCaixa de entradaPaulo Veiga para falagalera, xxx_mestrado, xxx78, truma Acompanhar mensagem de: Paulo Veiga
data: 22 de julho de 2009 13:56assunto [falagalera] Criatura asquerosa e repulsiva Criatura asquerosa e repulsiva Jorge Schweitzer
Ontem, o senador José Sarney gaguejou com as mãos trêmulas num idiota discurso mentiroso a desdenhar de nossa inteligência e discernimento, a nos julgar uma cambada de imbecis..
Depois de Sarney discursar no púlpito do Senado, o primeiro parceiro a lhe apertar sua mão parkinson foi Fernando Collor de Mello como símbolo de que esta porcaria de país não vale nada mesmo...
No beija-mão incompreensível seguiram-se Aloizio Mercadante; o não-sei-quem Sérgio Guerra e o sei-quem Pedro Simon...
Como assim, meu caro senador Pedro Simon? Enlouqueceu, meu 'véio'? Apertar em parceria ladina uma mão vaselina da oleosidade malandra de um José Sarney? Porra...
José Sarney é um filhotão felpudo da ditadura militar...
Um aproveitador político profissional que jamais trabalhou na vida senão como parlamentar ou presidente-acidental...
E, mesmo com salários passíveis de confrontação pelo Leão da Receita, construiu patrimônio indecente que não resiste a investigação mais superficial sobre sua lisura que arrota em nossa cara vermelha de raiva...
Sarney nos desafia e esculacha como um trombadinha confiante da impunidade já que faz cara de vítima depois de pilhado repetidas vezes...
Utiliza a tática de gritar pega ladrão após pungar nossa carteira em disparada... Sarney é calejado malandro da espécie rara forjada nos anos de chumbo da impunidade...
Um impune que, mesmo depois de esgueirar-se por todos cofres do Erário, ainda se escuda atrás das imunidades parlamentares...
E não quer largar a merda do osso mesmo à porta da morte...
Sarney possui fortuna que pode proporcionar vida confortável a todas as próximas gerações da sua porcaria de árvore genealógica, e mesmo assim continua enfiando netos e netas na folha de pagamento do governo...
Sarney não se permite perder a pose...
Se acha...
José Sarney aposta em nossa ignorância complacente de eleitores que coopta seja onde for...
Sarney crê que somos todos uns bananas de merda...
E tem razão...
Ninguém retruca um compulsivo desta envergadura que passou toda sua existência a fazer parcerias espúrias em proveito próprio e jamais passou um dia de sua vida deglutindo sentimento de patriotismo a não ser para jogar para a platéia...
Sarney quase chorou ao descrever sua família ilibada e esqueceu de enumerar que esta casta é dona de quase todo o Maranhão...
Ficou emplumado ao descrever sua crônica no Jornal francês "Comenter" e seu encontro com o ministro inglês, como uma figura fidalga que o mundo tem consideração e apreço, como nosso Gandhi salvador, representante mundial de um povo sofrido, o brasileiro, se esquecendo de descrever que o seu Maranhão possui índice de mortalidade infantil campeã mundial...
Sarney tem ciência plena que somos TODOS trouxas covardes intimidados por sua soberba hipócrita a nos botar encagaçados...
José Sarney considera todo brasileiro um ser desprezível sem noção, sem cérebro e babaca...
E nos peita, certo que não existe um homem de verdade nesta Pátria: "A Nação Brasileira não tem direito de me julgar!"...
Claro que tem, nobre e imortal José Sarney. Nenhum homem possui salvo-conduto para ser ladrão desta coisa imunda que eu gostaria de chamar de Pátria e você e troupe transformaram em latrina...
Nenhum homem bigodudo ou barbudo tem direito de pretender confiscar nosso sagrado direito de ficarmos indignados com a biografia e a fortuna de um José Sarney que deveria responder nos tribunais civis por suas trapaças, e não a nos desafiar - como presidente do Senado da República Federativa do Brasil - a repetir toda hora aquela porcaria de papo furado de liturgia do cargo que ele nunca teve a decência de respeitar.
Responder a Paulo com bate-papoSua mensagem foi enviada.
Convidar falagalera para o Gmail Responder Sergio Vasconcellos para falagaleraAcompanhar mensagem
Paulo, me admiro muito, a não ser que seja pura ironia.
A cada dia menos me encaixo aqui no Falagalera, quando o assunto é política.
Me inclui fora dessa, meu camarada.
Há anos, quase década, venho martelando exatamente na mesma tecla: o Brasil não é um país, é um território sem lei e sem mandamentos; o Brasil não é um Estado, porque jamais se organizou politicamente; o Brasil não é uma Nação, porque você, eu, esse idiota que escreveu isso tudo, nos limitamos a esbravejar através de E-mails e de Power Points; porque o povo brasileiro é tudo isso mesmo que o autor do texto descreve. O Brasil é um grande equívoco histórico.
Estou lendo "Ortodoxia", de Cherterton e logo nas primeiras páginas, ainda no Prefácio, o seu autor relembra que certa vez um jornal inglês fez uma enquete entre os leitores, perguntando o que havia de errado com o mundo. Chesterton enviou a resposta mais curta: EU.
É exatamente isso. Eu estou errado, você está errado, todos aqui e por aí, Brasil à fora, estamos errados, porque não fazemos nada. Nem através da luta armada nem financiando um terrorismo oportuno e pertinente nem através do voto. Nas próximas eleições - como sempre - eles serão todos reeleitos. Reeleitos por nós, pelo povo brasileiro. Por isso, não há nada de errado com o Senado, com a Câmara, com o Congresso em si, do mesmo modo que nada está errado com o Executivo e o Judiciário.
Você se lembra que gravei na secretária eletrônica uma mensagem dizendo que era contra as tais das eleições diretas e contra o fim da ditadura.
Fui e sou.
Não só porque o Pelé sempre esteve certo, mas porque não há índole - nem boa nem má - no povo brasileiro.
Somos um povo apático, sem iniciativas, sem qualquer censo político ou organizacional. O Brasil sempre foi e sempre será o Brasil de agora. Não há o que mudar, não há o que fazer. Eles se revezam entre o legislativo e o executivo, mas sempre voltam e ocupam as mesmas cadeiras.
Se Luiz XIV comprou o pato, se Luiz XV comeu o pato e se Luiz XVI pagou o pato, a revolução só aconteceu porque lá o povo era francês. Se fosse brasileiro, em vez da luta, disputaríamos os ossos do pato nas latas de lixo de Paris, como fazemos aqui no Brasil.
Somos um povo de merda.
Seria injusto desperdício querer governantes de outra estirpe senão estes da estirpe da merda. No entanto, estou certo de que você sabe muito bem disso e mais ainda, de que colocou este desabafo como pólvora, na fogueira e não como água, na fervura.
Então celebremos a volta do Beni, agora revisto, ampliado e bem mais civilizado.
Abraços.
Hoje recebemos todos um texto enviado pelo Paulo Veiga, membro do grupo.
Paciência, PV. Você pediu e aqui está o que você queria.
Publico, em seguida, o texto enviado pelo PV e minha réplica, indignada, como sempre. Prometro aos meus parcos leitores mantê-los todos em dia, por aqui, caso o assunto ganhe desdobramento, o que é provável.
Boa leitura.
[falagalera] Criatura asquerosa e repulsivaCaixa de entradaPaulo Veiga para falagalera, xxx_mestrado, xxx78, truma Acompanhar mensagem de: Paulo Veiga
data: 22 de julho de 2009 13:56assunto [falagalera] Criatura asquerosa e repulsiva Criatura asquerosa e repulsiva Jorge Schweitzer

Depois de Sarney discursar no púlpito do Senado, o primeiro parceiro a lhe apertar sua mão parkinson foi Fernando Collor de Mello como símbolo de que esta porcaria de país não vale nada mesmo...
No beija-mão incompreensível seguiram-se Aloizio Mercadante; o não-sei-quem Sérgio Guerra e o sei-quem Pedro Simon...
Como assim, meu caro senador Pedro Simon? Enlouqueceu, meu 'véio'? Apertar em parceria ladina uma mão vaselina da oleosidade malandra de um José Sarney? Porra...
José Sarney é um filhotão felpudo da ditadura militar...
Um aproveitador político profissional que jamais trabalhou na vida senão como parlamentar ou presidente-acidental...
E, mesmo com salários passíveis de confrontação pelo Leão da Receita, construiu patrimônio indecente que não resiste a investigação mais superficial sobre sua lisura que arrota em nossa cara vermelha de raiva...
Sarney nos desafia e esculacha como um trombadinha confiante da impunidade já que faz cara de vítima depois de pilhado repetidas vezes...
Utiliza a tática de gritar pega ladrão após pungar nossa carteira em disparada... Sarney é calejado malandro da espécie rara forjada nos anos de chumbo da impunidade...
Um impune que, mesmo depois de esgueirar-se por todos cofres do Erário, ainda se escuda atrás das imunidades parlamentares...
E não quer largar a merda do osso mesmo à porta da morte...
Sarney possui fortuna que pode proporcionar vida confortável a todas as próximas gerações da sua porcaria de árvore genealógica, e mesmo assim continua enfiando netos e netas na folha de pagamento do governo...
Sarney não se permite perder a pose...
Se acha...
José Sarney aposta em nossa ignorância complacente de eleitores que coopta seja onde for...
Sarney crê que somos todos uns bananas de merda...
E tem razão...
Ninguém retruca um compulsivo desta envergadura que passou toda sua existência a fazer parcerias espúrias em proveito próprio e jamais passou um dia de sua vida deglutindo sentimento de patriotismo a não ser para jogar para a platéia...
Sarney quase chorou ao descrever sua família ilibada e esqueceu de enumerar que esta casta é dona de quase todo o Maranhão...
Ficou emplumado ao descrever sua crônica no Jornal francês "Comenter" e seu encontro com o ministro inglês, como uma figura fidalga que o mundo tem consideração e apreço, como nosso Gandhi salvador, representante mundial de um povo sofrido, o brasileiro, se esquecendo de descrever que o seu Maranhão possui índice de mortalidade infantil campeã mundial...
Sarney tem ciência plena que somos TODOS trouxas covardes intimidados por sua soberba hipócrita a nos botar encagaçados...
José Sarney considera todo brasileiro um ser desprezível sem noção, sem cérebro e babaca...
E nos peita, certo que não existe um homem de verdade nesta Pátria: "A Nação Brasileira não tem direito de me julgar!"...
Claro que tem, nobre e imortal José Sarney. Nenhum homem possui salvo-conduto para ser ladrão desta coisa imunda que eu gostaria de chamar de Pátria e você e troupe transformaram em latrina...
Nenhum homem bigodudo ou barbudo tem direito de pretender confiscar nosso sagrado direito de ficarmos indignados com a biografia e a fortuna de um José Sarney que deveria responder nos tribunais civis por suas trapaças, e não a nos desafiar - como presidente do Senado da República Federativa do Brasil - a repetir toda hora aquela porcaria de papo furado de liturgia do cargo que ele nunca teve a decência de respeitar.
Responder a Paulo com bate-papoSua mensagem foi enviada.
Convidar falagalera para o Gmail Responder Sergio Vasconcellos para falagaleraAcompanhar mensagem
Paulo, me admiro muito, a não ser que seja pura ironia.
A cada dia menos me encaixo aqui no Falagalera, quando o assunto é política.
Me inclui fora dessa, meu camarada.
Há anos, quase década, venho martelando exatamente na mesma tecla: o Brasil não é um país, é um território sem lei e sem mandamentos; o Brasil não é um Estado, porque jamais se organizou politicamente; o Brasil não é uma Nação, porque você, eu, esse idiota que escreveu isso tudo, nos limitamos a esbravejar através de E-mails e de Power Points; porque o povo brasileiro é tudo isso mesmo que o autor do texto descreve. O Brasil é um grande equívoco histórico.
Estou lendo "Ortodoxia", de Cherterton e logo nas primeiras páginas, ainda no Prefácio, o seu autor relembra que certa vez um jornal inglês fez uma enquete entre os leitores, perguntando o que havia de errado com o mundo. Chesterton enviou a resposta mais curta: EU.
É exatamente isso. Eu estou errado, você está errado, todos aqui e por aí, Brasil à fora, estamos errados, porque não fazemos nada. Nem através da luta armada nem financiando um terrorismo oportuno e pertinente nem através do voto. Nas próximas eleições - como sempre - eles serão todos reeleitos. Reeleitos por nós, pelo povo brasileiro. Por isso, não há nada de errado com o Senado, com a Câmara, com o Congresso em si, do mesmo modo que nada está errado com o Executivo e o Judiciário.
Você se lembra que gravei na secretária eletrônica uma mensagem dizendo que era contra as tais das eleições diretas e contra o fim da ditadura.
Fui e sou.
Não só porque o Pelé sempre esteve certo, mas porque não há índole - nem boa nem má - no povo brasileiro.
Somos um povo apático, sem iniciativas, sem qualquer censo político ou organizacional. O Brasil sempre foi e sempre será o Brasil de agora. Não há o que mudar, não há o que fazer. Eles se revezam entre o legislativo e o executivo, mas sempre voltam e ocupam as mesmas cadeiras.
Se Luiz XIV comprou o pato, se Luiz XV comeu o pato e se Luiz XVI pagou o pato, a revolução só aconteceu porque lá o povo era francês. Se fosse brasileiro, em vez da luta, disputaríamos os ossos do pato nas latas de lixo de Paris, como fazemos aqui no Brasil.
Somos um povo de merda.
Seria injusto desperdício querer governantes de outra estirpe senão estes da estirpe da merda. No entanto, estou certo de que você sabe muito bem disso e mais ainda, de que colocou este desabafo como pólvora, na fogueira e não como água, na fervura.
Então celebremos a volta do Beni, agora revisto, ampliado e bem mais civilizado.
Abraços.
Rendez-Vouz On Paris - Claude Leluch
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