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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

domingo, 6 de dezembro de 2009

IT'S SHOWTIME, FOLKS!

Passei.
Passou.
Acabou.

Agora é retocar a maquiagem, subir ao palco e retomar o show.

Agora, é tocar o barco, desentortar o prumo, desatar os nós, e sair por aí como se nada tivesse desacontecido.

Como se fosse, o mar, do brigadeiro e o céu dos tubarões. It's showtime, folks! It's showtime.

Acabei de acordar. São 3 e 35 da manhã de domingo, 6 de dezembro de 2009.


Ano desafiador, estranho, mal encarado mas inédito, revolucionário, eu diria, sem perder o contexto dos trancos, barrancos e solavancos.

Este ano de 2009 me fez acordar, refletir e perceber melhor que é exatamente quando a gente se dá conta da própria história e acha que aos 55 anos já viveu o suficiente para encher uma biografia pra lá de razoável, que o destino vem e sacode a poeira, mas não deixa a gente dar a volta por cima.

Calma aí, mané. Ainda não acabou..

Este ano vai ficar para sempre marcado em vermelho e não só pelas dores e pelas sensações ruins, mas pelas circunstâncias inegociáveis e imponderáveis, impostas pela realidade, que não se importa com a vida de ninguém. Foi um ano ruim? Não sei. Acho que não.

Eu acredito que o maior problema de um conflito existencial resida no olhar pra trás. Conheci pessoas e lugares que me contaram histórias incríveis sobre como a realidade é amoral e aética. Não há regras em lugar algum. Alguns vivem acorrentados ao passado e às lembranças do que deixaram de fazer, torturando-se, cansativamente, a troco de nada. Absolutamente nada. O maior problema de um conflito existencial é arrepender-se do que se fez.

Ninguém consegue fazer tudo. Mas ter feito muito mais do que menos, com certeza, avaliza o que se há de fazer daqui pra frente.

Não é tão difícil entender certas coisas quanto tentar explicá-las - e não me atenho ao inevitável em si.

A vida não é uma sentença de morte e não vejo a vida como uma execução sumária. Há que se saber viver de alguma forma, de algum modo interessante. Entendo que a vida é o caminho único para que tenhamos a possibilidade de chegar vivos à morte, até porque não creio em julgamentos finais. É a gente com a gente mesmo, aqui e já.

São as trapaças da vida e não o jogo que me deixa assustado, quando percebo que o jogo ainda está aberto na mesa. Continuo tendo que fazer as minhas apostas.

O que por um lado assusta, por outro impele. Daí, retocar a maquiagem, digo, o sorriso, tocar o barco e sair por aí como se nada tivesse desacontecido ser fundamental.

Hoje, por exemplo, tem Flamengo x Grêmio valendo mais um título brasileiro. É hora de contrição, de foco e de sinergia. Dizer que o jogo é mole é o mesmo que dizer que a biografia já está escrita. Não é assim. Já vi a vida surpreender gigantes ao revelar franco-atiradores e o Grêmio, hoje, é um deles.

Há, como em todos os momentos importantes da vida, que se ter garra, força e agressividade. A vida, afinal de contas, não respeita mesmo os covardes.

Eu retomo os blogs e as redes sociais como marco fundamental de renascimento para mais uma vida. Nova, inédita, intacta, recém-saída do ventre caótico da minha própria soma de pré-existências, sabendo que ainda não escrevi nada, que nada vivi, por enquanto, mesmo que a sola esteja gasta e que o sol não dê uma trégua ao meu chapéu.

Vamos em frente, em busca do hexa ou da próxima esquina; em busca do desconhecido mundo dos vivos, entre perdas e danos, alegrias e tristezas. Se a gente ganhar, o ano foi bom.

Se perder, fazer o que?

Viver é por aí.

Morrer, ainda não sei por onde é.

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