Entra ano, sai ano e... entra ano, sai ano.
Assim mesmo, um depois do outro e a vida continua. Praticamente igual.
Mudam-se alguns dos cenários, alguns atores, os eventos, mas, no fundo no fundo, dentro de cada pessoa que conheço - e eu me conheço relativamente bem -, observo, muda pouco ou quase nada.
Até porque, o ano que vai finge que leva, mas não leva nada. Seja lá memória, saudade, esperança ou fé, o lixo 2009, mesmo com o prazo de validade vencido, vai ficando empilhado num canto (do corpo ou da alma) ou é varrido, no caso de quem não tem carpete, pra baixo do tapete.
Por outro lado, o ano que vem traz só o que lhe foi encomendado pelo ano que vai e, mesmo assim, só vai trazer o que não ultrapassar o limite da bagagem de mão. Repare o ano que vem, como vem preguiçoso, manhoso, como se cantasse "Foram me chamar, eu estou aqui, o que é que há?". Chega, sob um calor infernal e vai direto pro Posto 9, encontra os amigos de 40 outros anos que foram, olha as mesmas bundas, os mesmos peitos, toma os mesmos chopps, bate o mesmo papo e segue pra Búzios, mas não sem antes ter agendado "pular" no Nordeste.
Ah... o ano começa e logo tem carnaval. Depois, bom, depois vem a ansiedade e a contagem regressiva para a Semana Santa.
Em Búzios, claro.
Semana Santa sem 'Religião dos Lagos' não tem engarrafamento e Semana Santa sem engarrafamento é finados e não Semana Santa.
Quando a gente abre o olho, tá no meio do ano e as promessas feitas para 2010 recebem um "forward" pra 2011.
E o melhor de tudo: se a gente sobreviver até lá, ano que vem tem mais.
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