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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

É carnaval! É carnaval!

Sabe que horas são? Oito e três da manhã da que chamam terça-feira gorda, de carnaval. Não sei o porque de a terça-feira ser gorda, mas me afirmaram que é. Ontem foi um dia power, daqueles de deixar zozó. As coisas acontecem rápido, quando se está ocupado. E passei o meu dia de ontem completamente ocupado, preocupado, correndo contra o relógio, com um olho no padre e o outro na missa. Ditado velho esse, né? Pois é. Ditado velho esse. Mas eu tava zanzando - zanzando é antigo também - entre a serra de Petrópolis e a sarna do Rio de Janeiro.

É carnaval! É carnaval! Só vi a Viradouro e fiquei arrepiado. O Adelzon diz que aquilo não é cultura brasileira. Eu não ouvi ele dizer, mas o Amaury, que transmitiu tudo ao lado dele disse que ele disse. E eu acredito no Amaury. Acreditar nas pessoas é coisa de antigamente? Será que é? Será que ele é? Olha a cabeleira do Zezé.

Nostalgia maldita essa que me lembra pierrot e vermute. Mas sei lá se é ou não é. Pra mim a Viradouro é a Beija-Flor do João 30, que passou o que os ratos e os urubus comeram da fantasia dele.

Pista de esqui, casais simulando as posições do Kama Sutra, homens de gelo destruindo estátuas de gelo, baratas subindo carros alegóricos, alegorias vivas descendo pela passarela e eu não tenho nada a ver com isso. São oito e doze agora. Acabo de desligar o telefone e de descobrir que a gente só percebe que tudo na vida é relativo, quando um par de algemas significa o cúmulo da liberdade.

E o carro da Liberdade? O Libertas Quae Sera Tamen, abarrotado de gente muda, amordaçada pela censura canalha de um país em guerra civil.

Respeito o Adelzon, mas o que é a cultura brasileira? Ou melhor, onde foi ela parar?

Pelo telefone consegui o que pelo MSN foi impossível: não chorar.

O carnaval tá passando ao lado e não quero nem saber o que vai acontecer com a minha Mangueira. Pobre Mangueira. A chuva não é desculpa, porque já vi a Beija-Flor desfilar com 30 cm de água no chão. E matou a pau.

Faltou bateria à Mangueira. Inacreditável, mas faltou. Tinha samba, tinha carisma, mas a betera ralentou. E doeu.

Eu chorei, na avenida eu chorei, não pensei que mentia, a cabrocha que eu tanto amei. Pois é. Antiga esta canção do velho Benito de Paula. Benito de Paula é o paradoxo em forma de música: comete atrocidades como no refrão que diz: Que beleza, ô que beleza, Que beleza, meu amor, Mas que beleza. Oh! Que beleza e me encanta quando canta: Mas chegou o carnaval, e ela não desfilou. Eu chorei, na avenida eu chorei, não pensei que mentia, a cabrocha que eu tanto amei.

É isso. Quem te viu e quem te vê. Quem não a conhece não pode mais ver pra crer. Quem jamais a esquece, não pode reconhecer.

E o Obina, hein? Meteu 3 no Mequinha e mandou o diabo pro inferno. Eu, cá, com os meus botões, assino embaixo: sou Viradouro, desde pequenininho.

Mas sei que não leva.

São oito e quinze. Às nove em ponto eu vou jantar e às 10 e meia vou ligar minha TV. Quem sabe, passa um filme que eu nunca vi?

Só quero ver.

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