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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

"LIVE FAST AND DIE YOUNG!"

A frase/vaticínio de Mark Bolan não deve ser seguida por ninguém, mas bem que às vezes me vem à lembrança.

Para os muitos
que não sabem de quem se trata e nem do que se trata, a frase, do autor da canção "Children of the Revolution", que abre o filme "Moulin Rouge"; do precursor do Glitter Rock; do líder do T.Rex; do amigo de Ringo Starr, Elton John, Keith Richards e de todo mundo que se preza no primeiro time do rock mundial, principalmente do inglês, dá um toque do tipo: já foi, vai, se adianta.

Mark Bolan levou à risca a própria frase: viveu rápido e morreu jovem.

Deixou um legado sensacional para os filhos de uma outra revolução, a do Rock britânico, dos anos 70. Influenciou artistas como David Bowie e determinados momentos das carreiras dos Stones e do próprio Bob Dylan. Compôs clássicos como "Bang A Gong (Get It On)", "Metal Guru", sem contar a já citada e mais uns 20 mega-hits.

Foi-se, como James Dean. Jovem, bonito, rico, famoso, a muitos quilômetros por hora.

Anteontem, por volta da meia-noite, depois de concluir, finalmente, a cópia do curta da Maldita, pra Selma Boiron, que a Tetê não nos leia, ligamos a TV no tal Programa do Jô.

Nem circo dos horrores nem freak show.

Ao que assistimos foi uma coisa completamente bizarra, onde o anão - ele próprio - se masturbava mentalmente a cada besteira inominável que dizia.

Levou uma... não sei mais como dizer, - porque mesmo não sendo racistra, não tenho como me referenciar e a vocês -, digamos... uma simpática afro-descendente - com todo respeito, pelo amor de Deus - que, segundo ele, canta e vende cerveja na praia. Até aí, maravilha.

A expectativa até aumentou, quando nos foi comunicado que a moça lotou o Teatro Ipanema para uma apresentação.

Muito bem, aliás, muito mal.

Porque a moça não conseguia articular duas palavras seguidas e ele se divertia sadicamente com isso.

Completamente descontextualizada, a moça parecia drogada, quando na verdade não estava, e até merecia, por piedade, ser retirada dali com um mínimo de dignidade.

Mas, não foi.

A entrevista prosseguiu, com o sadismo do anão, contra a indefesa vendedora de cervejas na praia.

Takes de uma desastrada apresentação, no lendário Teatro Ipanema, (onde Rubens Correia, Ivan Albuquerque e Domingos de Oliveira pisaram, representando genialmente Artaud, Ionesco, Shakespeare e tantos outros), inacreditavelmente ruins, foram projetados e aplaudidos pelo anão infeliz e sua claque de débeis-mentais movidos a controle-remoto.

Não bastasse isso tudo, o apresentador/motociclista, ainda conseguiu encerrar o quadro com o tal Sexteto, - uma das piores bandas ou "bandos de músicos" que eu já ouvi -, tentando acompanhar a pobre-coitada, que não conseguia sequer atingir o tom, quanto mais as notas da melodia de uma canção de Gilberto Gil.

Deprimente, inacreditável.

Piadas ridículas, flash antigos de vídeos toscos da internet e, por fim, um jornalista, que lá fora, para promover o lançamento de um livro sobre os melhores botequins do mundo.

Poderia ter sido interessante, mas o anão não permitiu mesmo.

Insistiu na discussão sobre quem teria o pau maior ou menor: Ernest Hemingway e Fitzgerald.

Uma aberração a mais, que me levou de volta ao princípio do pensamento: este infeliz bem que poderia ter vivido rápido e morrido jovem.

Quem acha que estou exagerando, que vá lá e veja as entrevistas:
http://programadojo.globo.com/.

Cliquem no link entrevistas e vejam se estou mentindo.

O Q de qualidade da Globo deveria incluir no cenário do Programa do Jô, o elemento que falta:

O globo da morte.

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