Foram 31 anos de VHS e Super VHS. Um pouco menos, talvez nem tão pouco menos, quem sabe uns 21, desde que adotei o Hi-8 como formato e mais recentemente - uns 3 anos - a Cyber-Shot como quebra-galho. Cada uma delas viu coisas distintas. Algumas delas viram coisas indistintas, flagrantes inacreditáveis, momentos memoráveis, como o crescimento do meu filho.
Tenho tudo gravado. Só de VHS são mais de 700 fitas que agora, aos poucos, vão se tornando DVDs, numa empreitada árdua e prazerosa; ao mesmo tempo, ora inútil ora cansativa. Tem de tudo: shows gravados ao vivo do Grand Funk, do Simon e do Garfunkel; corridas do Senna, como o sensacional GP da Europa; alguns jogos sedutores de Gabriela Sabatini, quase todos os 31 de dezembro, desde o nascimento do Victor, festas, reuniões, gravações em casa, nos estúdios, gente famosa, gente anônima, malucos da Cinelândia, imagens das agências de propaganda que trabalhei... um belíssimo acervo.
Dias cinzentos, de pouco trabalho, passados na serra, longe de tudo, de todos, me fazem passear pelo tempo, de Nova Iorque à Berlim. Anteontem revi quase 500 gols do Pelé, um monte de gols do Romario, do Zico, jogos memoráveis do Mengão dos 80, mas nada, nada, nada é mais impactante que a constatação de que filmar pessoas pode vir a se tornar um convite à tristeza e à depressão.
Não sou dado a emoções baratas. Mesmo a imagem da minha mãe, morta em 2000 não é capaz de mexer comigo, sob a ótica da saudade. Minha mãe - minha melhor mãe e minha melhor amiga - continua vivinha da silva, sempre comigo, dentro de mim, no meu coração. Vivemos o nosso tempo juntos. Nos dissemos tudo, nos demos tudo, amor, sinceridade, brothagem e principalmente, carinho. Não é disso que falo.
Refiro-me aos outros. Aos amigos, amigas, parentes e até animais que se foram.
Refiro-me aos casais, hoje descasados e reflito: "o fulano ia adorar rever esses takes... pena que a atual mulher dele não vá gostar".
É complicado. Dos casais, nenhum hoje se mantém. Nem dos casais casados nem dos casais namorados. Seria cômico, se não fosse trágico. A verdade é que, sem uma ponta de machismo ou feminismo, nenhum dos que ali estão é exemplo de relacionamento duradouro pra ninguém. E me incluo nessa. Claro.
O lado engraçado fica com alguém, que aparece, em épocas diversas - menos mal -, com nada mais nada menos do que 7 parceiros diferentes, sendo que todos, um de cada vez, era finalmente a pessoa certa. E, pra não deixar dúvidas, não insinuo que seja um homem ou uma mulher. Eu apenas disse que há alguém. E há.
Não creio em aventuras.
Não creio em desamor.
Não creio em leviandade.
Creio, sim, na incompetência recíproca.
Afinal de contas, ninguém dorme com o inimigo porque quer.
A culpa é da mulher?
A culpa é do homem?
De quem é a culpa?
Sei lá.
Eu só estou passando frames para bytes.
O resto é com vocês.
Although marketed as a band, the leader and focus of alt-rockers Eels is undeniably singer/songwriter/multi-instrumentalist E (real nameMark Oliver Everett). Born April 9, 1963, in Virginia, Everett became interested in rock music at an early age via his sister's record collection, and began playing drums at the age of six (as well as tinkering on his family's piano). After his father's passing just a few years later, Everett began leading a troubled teenage life, being arrested and expelled from school. But the turmoil led to an even stronger interest in music for Everett, as he taught himself how to play his sister's guitar, and shortly thereafter wrote his own original compositions. (All Music Guide)
Eels - Novocain For The Soul
Nenhum comentário:
Postar um comentário