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Petrópolis, Rio de Janeiro, Brazil
Sou um homem comum, carioca, nascido em 12 de outubro de 1954, portanto, com 59 anos, 4 casamentos e até agora, nenhum funeral. Antes de tudo, sou Flamengo. Em seguida, radialista - Cidade, Fluminense, Panorama, Imprensa e (webradios) Radiovitrola e Radionavaranda. Criei, produzi e apresentei os programas Revolution, na Flu; Os Vizinhos Que Se Danem, na Panorama; Radionor Tum Tum, na Radiovitrola; e Pelo Telefone, com Carlos Savalla, na Radionavaranda. Publicitário: redator (criativo,como chamam por aí), consultor de marketing e de planejamento. Fiz parte da equipe de criação e produção do Rock in Rio I, na Artplan, Baterista, letrista, compositor, produtor, roteirista de espetáculos, diretor artístico e de shows, produtor musical e artístico. Finalmente, sou canhoto e, segundo o meu filho, um ótimo pai. Só isso me bastaria.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

MANTENHA DISTÂNCIA

Não há como negar o fato de que toda aproximação tende ao paradoxo e à decepção. Ou será que há? Na melhor das hipóteses, eu diria que, se não é assim, parece muito ser.


A distância, quando a admiração esbarra no desconhecido, exerce fascínio único. Não sei se só em mim - este texto é feito de dúvidas -, mas em mim, com certeza. A proximidade gera conhecimento e a intimidade quebra o encanto. Sem encanto não há fascínio.


Lembro, na minha adolescência, de uma 'deusa' que me tirava do caminho - um pouco mais velha do que eu - e que, quando passava por mim, parava o ar. Eu ficava bobo, sem voz e sem ação, simplesmente fascinado pela minha musa, há milhas de distância, apesar de próxima.


Loura nórdica, nariz afilado, olhos cor de água de piscina olímpica, sempre fixos no podium e nada de olhar para os lados. Nos cruzávamos diariamente, mas... Nenhum sorriso, nenhum mole: nada. Nem um lacônico 'oi'.


Um dia antes, toda de preto, era uma Lotus. Mas, hoje, sem dúvida, eu estava prestes a bater de frente com uma Ferrari: vestido vermelho, de malha, justo, curto, a mostrar a exuberância daqueles quase oitenta centímetros de pernas. Uma aparição hiperrealista de estátua pin-up. Uma deusa sueca, do alto de seus negros saltos de quinze centímetros, somados aos seus naturais cento e setenta... e seis.


É impressionante. À distância, as imagens são, paradoxalmente, mais nítidas, quando o objeto na mira é uma mulher, ou ser sobreumano. As imperfeições se escondem ou se disfarçam e o todo hiperdimensiona a verdadeira forma do conteúdo.


Neste dia, tomei coragem, me aproximei e parei diante dela. Disse 'oi', ela respondeu secamente: 'oi'. E começamos a conversar. Pra que? Três meses depois estávamos "apaixonados".


E nunca mais, juntos, fomos felizes.

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